Manual do adolescente consciente
Luís Fernando Furquim Ribeiro
Com conhecimento melhoramos nosso país e nossas vidas.
Com bom senso lidamos melhor em todos os sentidos.
Cuidar e proteger nossas crianças é fundamental.
Manual do Adolescente Consciente
Este livro foi escrito com o interesse de auxiliar os adolescentes, suas famílias e a sociedade em geral. A intenção dele é melhorar o relacionamento familiar, ensinar a lidarmos melhor com nós mesmos e com os outros, esclarecer e evitar problemas graves relacionados às drogas lícitas e ilícitas, conscientizar os adolescentes do mal que à violência causa em nossas vidas, auxiliar nas questões de sexualidade e ajudar na realização pessoal e profissional.
Capítulos do livro - Conversa amiga na família / A dificuldade que temos em lidar com nós mesmos e com os outros/ Drogas lícitas e ilícitas / Violência / Sexualidade / Sonhos e profissões que podemos alcançar
Partes dos capítulos
Conversa amiga na família
A família é o principal recurso que temos para nos ajudar a viver melhor, pois, por meio das experiências que cada integrante tem é que iremos ter uma noção maior para lidar com a vida. É de extrema necessidade que todos ensinem seus filhos e familiares de forma consciente, não impondo, mas educando por meio do diálogo e mostrando exemplos de situações indesejáveis. Ex: “Filho, você tem o direito de escolher o que quer viver, mas o envolvimento com drogas, bebidas e violência pode lhe trazer problemas sérios, chegando às vezes até a adoecer, ser preso ou morrer. Eu não quero isso para você e tenho certeza de que você pode muito mais do que isso, então, esforce-se e lute para alcançar coisas boas e, se precisar de mim, estou aqui para ajudar você”...
A dificuldade que temos em lidar com nós mesmos e com os outros
As pessoas, principalmente os adolescentes, tem muita dificuldade em lidar consigo mesmas e com os outros. São tantas obrigações, profissões, dificuldades, persuasões, falta de dinheiro, ensino de baixa qualidade - em algumas instituições , entre outros fatores que fica difícil conseguir ter um pensamento equilibrado e estruturado. Nós, seres humanos, ainda muito primitivos na capacidade de entender e agir com consciência e sabedoria, colocamo-nos diante das mais variadas formas de problemas e dificuldades e não conseguimos lidar direito com nossas emoções, pensamentos e obrigações...
Sexualidade
A sexualidade é algo que praticamente todos vivenciamos em nossas vidas. Ela é o que perpetua a raça humana e proporciona felicidade nos namoros e na vida conjugal. Com ela concretizamos o sonho de termos filhos e mantermos uma relação agradável em nossas relações amorosas. É importante frisar que não é saudável banalizar nossas relações sexuais e, em determinada idade, esperar ter maturidade para vivenciar essas situações...
Violência
Infelizmente esse assunto é necessário para evoluirmos nas condutas de relacionamento entre nós, seres humanos. O bom seria que não precisássemos de outras pessoas para nos mostrar quanto erramos, quando cometemos algum tipo de agressão, mas, infelizmente, muitos ainda agem assim por qualquer motivo que os incomode.
A violência faz parte do cotidiano de muitas pessoas; seja em casa, na escola, nas ruas e nos estádios de futebol. Parece que ainda vivemos em cavernas e só conseguimos resolver as situações adversas por meio da violência...
Drogas lícitas e ilícitas
Temos presenciado em nosso dia a dia uma imensidão de pessoas que se utilizam de drogas lícitas ou ilícitas com a falsa ilusão de se sentir melhores psicologicamente: seja um cigarro para distrair, comprimido para dormir, maconha para relaxar, cocaína para acordar, álcool para se divertir, crack, etc. Isso tem criado problemas variados, dependendo da substância usada e da estrutura mental e espiritual de cada um. Mas, de modo geral, todas prejudicam nossa saúde...
Sonhos e profissões que podemos alcançar
Nós, seres humanos, dispomos de uma capacidade imensa para alcançarmos e realizarmos verdadeiros milagres.
Todos nascemos com inúmeras habilidades que, bem exercidas, com certeza nos levarão à satisfação pessoal e profissional.
Muitas vezes, por preguiça, insegurança e medo deixamos de crescer em vários sentidos na vida.
As pessoas devem saber que para conquistar uma bicicleta, uma moto, um carro ou dinheiro requer-se planejamento, trabalho e dedicação.
Se formos analisar, somos seres, na grande maioria, "perfeitos": temos olhos para enxergar, orelhas para ouvir, pés para andar, nariz para respirar, boca para falar e, principalmente, cérebro para utilizá-lo em favor de nossas necessidades e realizações... ( Posteriormente, comento sobre pessoas especiais)
Luis Fernando Furquim Ribeiro
Nascido em São Paulo, em 20 de julho de 1967.
Começou a escrever poesias aos 11 anos de idade.
Seu lema: semear por meio da literatura valores que possam ser colhidos por todos.
Peça teatral : " Plim... O Coelho Esperto".
Este sou eu, de camisa laranja, em atividade educacional para as crianças: são 35 anos de dedicação.
Outros livros do autor - Desabafo de um adolescente / São Thomé das Letras a montanha encantada / Vinha de luz...amor iluminado / Coisas do amor / Plim...o coelho esperto / O palhaço Tererê ...
Contato: 11 - 9 3000-1540 Caetano / 82 - 9 9349-7924 Luís Fernando /
Manual do adolescente consciente
Introdução
Este manual foi escrito com o interesse de auxiliar os adolescentes, suas famílias e a sociedade em geral. A intenção dele é melhorar o relacionamento familiar, ensinar a lidarmos melhor com nós mesmos e com as pessoas, conscientizar e evitar problemas graves relacionados às drogas e à violência, auxiliar nas questões de sexualidade e ajudar na realização pessoal e profissional.
Ele se refere aos problemas que temos visto em nossa sociedade, criados pela dificuldade que nós, seres humanos temos, em lidar com nossas vidas. Também trata de assuntos relacionados à falta de estrutura e apoio familiar e, para completar, mostra o abandono governamental com que somos obrigados a conviver. Muitas famílias têm vivido de forma precária em vários sentidos, não dando condições para que seus filhos alcancem seus sonhos e metas. Isso tem causado inúmeros problemas que vão desde a falta de alimento até a impossibilidade de tornarem-se pessoas de bem. Na realidade, todos nós somos colaboramos desse sistema desleal e injusto e devemos colaborar para melhorá-lo. Também não podemos esquecer que a paz interior e a felicidade são provenientes de seres humanos que vão em busca dessas realidades.
Em relação aos adolescentes, muitos não têm feito sua parte: preferem viver em um mundo sem cobranças e acabam se deixando levar por várias situações ruins que os desequilibram, fazendo com que o seu futuro seja duvidoso. Nas instituições governamentais, a falta de consciência política também tem desfavorecido o aprimoramento pessoal dos cidadãos, criando uma situação prejudicial a todos. Se formos analisar, todos somos responsáveis e sofremos com essa condição que permitimos se estabelecer em nossas vidas e em nosso país. Por meio deste pequeno livro, irei ajudar as pessoas a entender um pouco mais sobre os problemas atuais que enfrentamos e dar algumas alternativas para melhorar essas questões. A fim de atingir tais metas, tratarei dos seguintes temas: conversa amiga na família, as dificuldades que temos em lidar com nós mesmos e com os outros, as drogas e a violência em nossas vidas, sexualidade e os sonhos e profissões que podemos alcançar.
Amigos leitores.
A presença de Deus em nossas vidas é de extrema necessidade; vai depender de como lidamos com esse sentimento para vivermos melhor ou pior em todas as outras questões.
Este livro está registrado na Biblioteca Nacional e no Escritório de Direitos autorais. A reprodução ou divulgação, sem autorização do autor, acarretará punição com o rigor da Lei. Boa leitura!
O autor
Nascido em São Paulo, em 20 de julho de 1967. Começou a escrever poesias aos 11 anos de idade. Viveu sua infância e adolescência no bairro do Horto florestal, bairro esse cercado por belezas naturais, onde pôde aprender a respeitar a natureza e, consequentemente, seu semelhante. Dedicou vinte anos de sua vida na profissão de vendedor de livros e, nessa época, tomou gosto pela literatura. Aos 20 anos de idade se profissionalizou como ator e diretor teatral e escreveu seu primeiro livro, Desabafo de um adolescente. Posteriormente, montou um grupo de teatro e na sua primeira peça teatral, Plim... O coelho esperto alegrou mais de 850 mil crianças. Hoje em dia, aos 54 anos de idade, já escreveu cinco livros para adultos, sete para crianças, seis peças teatrais e outros textos. Seu lema: semear por meio da literatura valores que possam ser colhidos por todos.
Capítulo 1
Conversa amiga na família
A família é o principal recurso que temos para nos ajudar a viver melhor, pois, por meio das experiências que cada integrante tem é que iremos ter uma noção maior para lidar com a vida. É de extrema necessidade que todos ensinem seus filhos e familiares de forma consciente, não impondo, mas educando por meio do diálogo e mostrando exemplos de situações indesejáveis. Ex: “Filho, você tem o direito de escolher o que quer viver, mas o envolvimento com drogas, bebidas em excesso e violência pode lhe trazer problemas sérios, chegando às vezes até a adoecer, ser preso ou morrer. Eu não quero isso pra você e tenho certeza de que você pode muito mais do que isso, então, esforce-se e lute para alcançar coisas boas e, se precisar de mim, estou aqui para ajudar você”. Outro exemplo importante é em relação à alimentação. As pessoas têm se alimentado muito mal, criando vários problemas de saúde, entre eles o excesso de peso. A alimentação saudável, evitando alimentos gordurosos, frituras e comidas industrializadas é de extrema necessidade para se evitar doenças. Também não podemos nos esquecer dos problemas que as pessoas têm vivido em relação à anorexia. Elas, para estar magras e se sentir bem, não medem consequências em relação à saúde. Isso pode causar doença física e psicológica, piorando em vários sentidos suas vidas.
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Outra questão relacionada ao corpo que tem prejudicado o ser humano é a veneração demasiada; é importante nos cuidarmos, mas devemos ter limites e jamais tomarmos qualquer medicamento sem consultar um médico. Precisamos ter consciência e bom senso para não ficarmos aceitando e vivendo as imposições criadas pelo modismo. Hoje em dia, temos visto milhares de pessoas preocupadíssimas com o corpo. Com isso, não medem consequências e se utilizam de medicamentos para emagrecer, produtos para ficar musculosas, entre outras substâncias químicas. Será que isso é saudável e necessário? A melhor forma de nos mantermos fortes e saudáveis ainda é, e sempre será, o exercício físico e a boa alimentação. Todas as temáticas que confundem e podem desestruturar os jovens devem ser dialogadas no meio familiar, para que seus efeitos maléficos sejam evitados. A conversa amiga em uma família é muito importante; ela cria vínculos de união, apoio e amor e, por meio desses valores morais, iremos ver e viver a vida de forma mais prazerosa e consciente. A família que não conversa, não ensina e não dá bons exemplos para seus integrantes, normalmente desestrutura seus filhos com seus próprios erros e deixa-os ser iludidos por pessoas de fora. Hoje em dia, temos visto isso com frequência: jovens achando que ser agressivo significa ser melhor do que o outro; que usar drogas vai fazer com que ele não se preocupe com a realidade da vida; que ser rebelde vai anular a responsabilidade que ele tem com a sociedade, etc. Essas situações têm criado um caminho para o jovem que o leva diretamente a viver em risco constante: pode se envolver com o submundo, pensando que tudo pode e que essa é a única saída para viver, ter dinheiro e se divertir. Mas, ele se esquece de que tudo tem seu preço e de que mais cedo ou mais tarde irá responder pelos seus atos. Normalmente, as consequências são bem desagradáveis, senão perversas. A família tem que estar presente, principalmente na adolescência de seus filhos, pois nessa hora é que eles irão tomar decisões por qual caminho seguir. Antigamente, não tínhamos conhecimento e nem liberdade para falarmos abertamente com nossos familiares; hoje em dia, por meio da televisão, da internet, do rádio e dos livros estamos muito mais informados e temos uma visão mais evoluída e realista, podendo e devendo usar essas informações para educar um filho com mais estrutura mental e espiritual. O exemplo é de extrema importância, ele serve de referência para quem convive conosco, então, se no dia a dia temos atitudes boas, com certeza quem está próximo a nós irá refletir e de certa forma fazer o que incentivamos. Ex.: se eu não jogo lixo na rua e quando estou perto de alguém que faz isso digo que isso não é legal, porque esse lixo vai poluir rios, mar, causar enchentes e doenças, com o tempo essas pessoas também vão começar a evitar a ter esse comportamento. Elas vão ver a importância que isso tem para quem evita ter essa atitude e isso se estende em várias situações da vida. Não vou roubar... Posso trabalhar e sei que quando conquistamos as coisas por meio do nosso esforço e capacidade melhoraremos financeiramente e evoluiremos nas questões de valores morais. Essa forma de pensar e agir é muito importante. Ela nos direciona a sermos pessoas do bem e nos dá um retorno tão positivo que não tem dinheiro que o pague. Também trará satisfação, alegria, confiança, paz e dignidade.
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É nossa responsabilidade melhorarmos o meio em que vivemos e a família tem essa responsabilidade com seus integrantes. Não tem sentido não ajudarmos a educar nossos filhos e depois ficarmos cobrando deles coisas que muitas vezes nem nós mesmos fazemos. Existem programas específicos às famílias que podem melhorar o relacionamento entre seus integrantes e em outros aspectos: problemas com bebidas, drogas, apoio aos adolescentes, terapia familiar... O estado tem a responsabilidade de oferecer esses serviços gratuitamente e, quando ele não os oferece, devemos reivindicar. A carência dos cidadãos em vários Estados brasileiros requer um trabalho conjunto dos familiares para que todos possam melhorar. Há muitos pais que não sabem ler, escrever e as perspectivas para uma vida melhor são quase impossíveis. Devemos apoiá-los para que se eduquem e incentivá-los para que pelo menos reivindiquem seus direitos de aposentadoria, bolsa-família, bolsa-escola e direitos que os cidadãos têm. Também podemos, por meio do diálogo, dar noções mais evoluídas para eles. Ex.: gravidez não é doença; exame de próstata não significa homossexualismo; ir ao médico ginecologista não é traição; estudar na terceira idade não é absurdo. Essa troca de informações é importante para evoluirmos e vivermos melhor. Em relação à gravidez é de extrema necessidade que os pais conversem com seus filhos sobre sexo e que os próprios filhos tenham a consciência de evitar ter relacionamento sexual sem se prevenir, pois os riscos são muitos e irei citar alguns: engravidar, contrair doenças sexualmente transmissíveis, tornar-se mãe solteira, ser um pai frustrado e ausente, etc. Se formos analisar, veremos que existem muitas pessoas sofrendo com várias dificuldades por não terem se organizado para constituírem uma família.
A gravidez precoce é extremamente prejudicial. Os adolescentes não estão preparados para assumir as responsabilidades de pais, as quais envolvem dinheiro, maturidade e responsabilidade. É muito comum vermos jovens que têm filhos vivendo de forma muito ruim. Eles não esperaram o tempo certo para experienciar essa situação e com isso perdem a juventude, deixam de estudar, tornando-se muito difícil ter a possibilidade de escolher um trabalho melhor. O melhor caminho a seguir é dar tempo ao tempo, vivendo a vida e fazendo nossas escolhas na hora certa. A distância entre familiares deve ser, na medida no possível, evitada. Os membros de uma mesma família devem partilhar experiências e exercitar a ajuda mútua com o propósito de melhorar enquanto seres humanos. A amizade também é muito importante. É muito triste vermos pessoas da mesma família falando mal umas das outras. Sabemos que a vida não é fácil e que somos diferentes em pensamentos e atitudes, mas isso não nos dá o direito de ficarmos menosprezando e julgando nossos familiares. Também não é tão simples convivermos em harmonia, contudo, se respeitarmos as diferenças e controlarmos nosso egoísmo, ciúme e inveja com certeza conseguiremos lidar melhor com as pessoas que fazem parte da nossa família.
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A família unida é significado de evolução e conquistas. O jovem bem educado é significado de uma sociedade mais saudável e consciente. Para finalizar este capítulo, chamo a atenção dos governantes para que se preocupem mais com as pessoas e proporcionem uma vida decente a todos, investindo em educação, saúde, emprego e saneamento básico. Só assim teremos um país desenvolvido, solidário e menos injusto.
Capítulo 2
A dificuldade que temos em lidar com nós mesmos e com os outros
A grande maioria das pessoas, principalmente os adolescentes, tem muita dificuldade em lidar consigo mesmas e com os outros. São tantas obrigações, profissões, dificuldades, persuasões, falta de dinheiro, ensino de baixa qualidade ( em algumas instituições), entre outras coisas que fica difícil conseguir ter um pensamento equilibrado e estruturado. Nós, seres humanos, ainda muito primitivos na capacidade de entender e agir com consciência e sabedoria, colocamo-nos diante das mais variadas formas de problemas e dificuldades e não conseguimos lidar com nossas emoções, pensamentos e obrigações. Vivemos com qualidade de vida precária e nos tornamos praticamente robôs de diferentes níveis de tecnologia. Ex.: “sei lê pouco, mas sei”; “erro a maioria das frases que escrevo, mas escrevo”; “não cuido da minha saúde, mas estou vivo”; “não tenho dinheiro, mas pelo menos pra cachaça dá”; “ganho bem...sou melhor que todos”... É normalmente assim que as pessoas vivem e lidam com suas vidas: aceitam viver em situações difíceis e cômodas e impedem seu crescimento em vários sentidos. Também temos visto a pobreza e a riqueza maltratar de várias formas as pessoas. A pobreza se instala como um câncer e vai consumindo dia a dia suas vítimas, impedindo que tenham condições de oferecer a suas famílias uma vida digna e saudável. Por outro lado, muitos que estão vivendo nessa situação fazem muito pouco para melhorar e mudar, pelo menos, alguns aspectos que são possíveis. Ex.: ter higiene pessoal; zelar pela limpeza do ambiente em que vivem; evitar ter filhos sem condições para criá-los; ir à escola; fazer exames médico de rotina – Papanicolaou, próstata, mamografia, colesterol, pressão, visão, dentista, etc.; fazer cursos gratuitos; unir-se para montar uma cooperativa; reivindicar seus direitos junto aos órgãos governamentais e assim por diante. Essas são algumas alternativas que com certeza iriam melhorar e facilitar a vida dessas pessoas. Sabemos, também, que é muito difícil contarmos com o poder público e que muitas pessoas morrem nas filas dos hospitais, aguardando atendimento. Esse é mais um motivo para não esperarmos as últimas consequências para nos prevalecermos dos nossos direitos e nossas obrigações com nós mesmos.
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Nas camadas mais elitizadas, vemos dificuldades diferentes, mas que também prejudicam suas vidas. Ex.: “Tenho dinheiro, não preciso de ninguém”; “Menino, não faz isso!”, tendo como resposta “Você não manda em mim”; “Nossa que lixo! Seu carro é esse aí?”; “Você gostou do meu vestido? Custou dois mil reais”; “Meu rosto tá bonito? Também, já fiz dez plásticas”... E assim as pessoas vão se exibindo e se iludindo, perdendo o bom senso e, pior ainda, deixando de ter autocrítica, passando a ser em determinados momentos insuportáveis. Com isso, muitos acabam se isolando em um mundo capitalista, deixando de lado assuntos necessários para uma vida mentalmente saudável. O bom senso e a necessidade de melhorarmos em vários sentidos deve ser a principal busca em nossas vidas, pois nos darão equilíbrio e segurança para um futuro melhor, principalmente na questão moral, emocional e espiritual. Vou citar e comentar algumas atitudes que atrapalham nosso convívio e que nos desestruturam. A mentira, normalmente instalada por natureza no ser humano, tem criado ilusões que fazem com que ele não seja honesto com seus próprios sentimentos e necessidades. Existe um ditado que diz: “Quando achamos que estamos enganando os outros, estamos nos iludindo”. Muitas pessoas por interesse, maldade, ingenuidade, fraqueza, burrice e falta de caráter têm alimentado a mentira em suas vidas, causando inúmeros danos à nossa sociedade. O pior é que isso vem como se fosse uma cadeia alimentar. Ex.: o político mente para o eleitor; o contratado do político mente para ele; o ladrão engana a gente; a gente se engana e mente para nossa família e assim vamos nos enganando e mentindo para nós mesmos, dificultando e impedindo uma sociedade mais justa, honesta e solidária. Esse tipo de comportamento nos afasta de princípios morais bons, que nos protegem psicológica e espiritualmente, causando problemas variados que vão desde uma simples dor de cabeça até um assassinato. Perdemo-nos, portanto, dentro da nossa própria ilusão, causada por mentiras, cuja consequência principal é a dificuldade de se traçar limites.
A verdade é que cada caso é uma história e a grande maioria mente simplesmente por presenciar isso no dia a dia, não afetando tanto a sociedade e as pessoas. Aquelas mentirinhas bobas – “Cuidado meu filho, não vai lá que o bicho papão vai te pegar”; “Eu e minha namorada começamos a namorar e não dormimos 2 dias”; “Fui viajar e fiquei em um hotel cinco estrelas”, – que de certa forma são até aceitáveis, uma vez que não prejudicam muito e acabam sendo frequente na vida das pessoas. Porém, daí em diante, iremos arrumar amante e mentir para nossa mulher todos os dias, enganar nossos clientes, eleger-nos com promessas falsas e roubar o dinheiro público, matar, roubar e por aí vai. Devemos ter cuidado para não cairmos na nossa própria armadilha e, querendo ou não, a antiga frase “A verdade vos libertará” é real e tira um peso de nossas costas muito significativo, pois, mesmo vivendo em um mundo material, nada melhor do que estar tranquilo com a consciência e com Deus.
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Outra questão que devemos rever é a do voto. Não podemos incentivar candidatos corruptos simplesmente por interesses banais: trinta reais, uma carona, um saco de cimento... Se agirmos assim, ganharemos muito pouco e perderemos muitos bens significativos: escolas, hospitais, ruas asfaltadas, etc. Precisamos nos inteirar politicamente, avaliar as benfeitorias, obras e a vida dos políticos para podermos votar consciente. Se estamos sofrendo com vários problemas de ordem pública, um dos motivos é porque não votamos certo. Não podemos mais conviver com o mito de que nenhum político nada faz; se existem hospitais, ruas asfaltadas, escolas, saneamento básico isso é obra deles. O que devemos fazer é perder a preguiça para avaliar a vida pública daqueles em quem queremos votar e termos responsabilidade com nós mesmos e com a sociedade, e votarmos melhor.
Outro problema grave da sociedade brasileira é aceitar tudo calada e não reivindicar seus direitos. Não estamos mais na época da ditadura e existem órgãos responsáveis para nos proteger e defender: Defensoria Pública, Procon, OAB, jornais, emissoras de TV, o Disque Denúncia, em que o cidadão não precisa se expor, entre outros recursos. Só assim iremos dar mais oportunidade aos nossos familiares e ajudarmos nosso país a evoluir. A amizade também é um sentimento importante e deve ser sempre cultivada em nossas vidas. Ela faz com que tenhamos pessoas próximas, que podem nos amparar nos momentos difíceis e nos alegrar no dia a dia. Também percebemos quem somos, por meio dos nossos amigos, pois normalmente nos aproximamos de pessoas que apresentam afinidades com a nossa forma de pensar e agir. Existem pessoas de todo jeito, algumas nos fazem melhorar e evoluir, outras criam situações indesejadas e constrangedoras que podem nos prejudicar. Com as pessoas boas, podemos e devemos conviver; com as ruins, simplesmente as usarmos como referências para não cometermos os mesmos erros. Devemos sempre nos policiar e procurar viver o melhor de nós, só assim, teremos amigos bons. Também não podemos nos fechar dentro de um mundo só nosso, esquecendo que aprendemos e evoluímos com as diferenças. A vida nos é dada para aprendermos com nossos erros e acertos; se não fosse assim, não teríamos referência para escolher o que é melhor ou pior para nós. Temos liberdade para viver o que quisermos, porém, nem tudo nos faz bem. Temos visto inúmeros casos de pessoas que se prejudicam pelas amizades que fazem. Elas se permitem viver e ser influenciadas pelos pensamentos dos outros, criando situações que as levam a ter atitudes prejudiciais a todos. Ex.: “Vamos quebrar aquele vidro”; “Olha o chocolate que eu peguei no mercado, vá lá e pegue um pra você, é fácil”; “Vamos faltar na escola e fumar maconha a tarde toda”; “Aquela menina de 12 anos é linda, vamos estuprá-la”; “Seu pai é rico; já que você só briga com ele, vamos roubá-lo”. E assim nos comprometemos negativamente quando nos permitimos viver com pessoas ruins. Devemos nos afastar de pessoas que têm pensamentos e atitudes negativas, que são desleais e que podem nos prejudicar. Muitos se envolvem com pessoas assim, principalmente na adolescência, para ser respeitados, ouvidos e se sentir protegidos; de certa forma, isso até acontece, mas o que se dá em troca disso, em algumas vezes, é a própria vida.
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Outros já participam desses grupos pelo próprio caráter. Também, às vezes, convivemos com essas pessoas com a intenção de ajudarmos a mudar essa forma de agir. Isso é muito difícil, mas pode ser feito, contanto que seja uma pessoa amiga e haja o acompanhamento de outros amigos, familiares e especialistas – psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, dentre outros. Ajudar é uma coisa, conviver é outra.
O perigo bate em nossas portas todos os dias, seja por influência de pessoas ou pelas dificuldades e tendências negativas que temos; devemos, porém, estar firmes e atentos a não aceitar e viver nesse sentido, pois para entrar em uma situação de criminalidade, maldade e injustiça é fácil e sempre vai haver incentivo; difícil é sair dela por vários motivos, seja por interesse financeiro, pressão do meio em que a pessoa se permitiu viver, negatividade que temos em nós mesmos etc. Existe um provérbio que fala para vencermos o mal com o bem. Isso significa que para não entrarmos ou até mesmo sairmos de uma vida assim devemos fazer o bem. Para realizarmos isso, podemos utilizar várias alternativas: ter bons pensamentos e atitudes, ser solidários, prestativos, ter bons amigos, confiar em Deus, desenvolver projetos para ajudar nossos semelhantes, viver coisas boas relacionadas ao lazer, como teatro, música, esporte, cursos do nosso interesse, viagens e paqueras. Essas são as melhores formas de anularmos a presença de pessoas, energias e influências negativas. A boa amizade é verdadeira, transparente e normalmente estimula as pessoas à realização pessoal, ao apoio nos momentos difíceis, à boa conversa, à diversão saudável e ao incentivo ao estudo. Acabo este capítulo dizendo que devemos melhorar a forma com que lidamos com nós mesmos e com os outros. Essa é a melhor maneira de evoluirmos e vivermos bem. Também, para finalizar, chamo a atenção dos jovens e até dos adultos para que prestem atenção à forma com que lidam com os aparelhos eletrônicos, pois eles servem para nos ajudar em atividades de trabalho, conhecimento e evolução, e em vez de os utilizarmos nesse sentido, temos visto uma geração que não tem mais interesse praticamente em nada; vive enclausurada, jogando jogos diversos, normalmente violentos, e se esquecem de tudo que a vida significa - da realidade. Perdem o interesse em tudo: trabalho, namoro, atividade esportiva, etc. Essas pessoas têm de tomar cuidado para, na hora em que forem perceber, a vida ter passado e não a terem vivido. Isso está demais nas famílias e com certeza vai prejudicar principalmente os adolescentes. Precisamos nós, pais, colocarmos regras para a utilização desses equipamentos eletrônicos, pois senão teremos robozinhos dentro de casa. E os jovens têm que se conscientizar de que a vida lá fora é bem melhor, basta saber vivê-la.
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Capítulo 3
Drogas lícitas e ilícitas
Esse assunto é muito importante e polêmico. Ele retrata a dificuldade que as pessoas têm em conseguir lidar com a vida de forma saudável e sem vícios. Sabemos que, hoje em dia, praticamente em todas as famílias algumas pessoas se utilizam de substâncias como cigarro, bebida e em alguns casos drogas ilícitas e que, de certa forma, isso se tornou uma atitude até “normal em nosso convívio”. Portanto, quero frisar que respeito às escolhas de cada um, mas se faz necessário comentar sobre esses assuntos para que possamos avaliar e tirarmos nossas conclusões. Temos presenciado em nosso dia a dia uma imensidão de pessoas que se utilizam de drogas lícitas ou ilícitas com a falsa ilusão de se sentir melhores psicologicamente: seja um cigarro para distrair, comprimido para dormir, maconha para relaxar, cocaína para acordar, álcool para se divertir, crack, etc. Isso tem criado problemas variados, dependendo da substância usada e da estrutura mental e espiritual de cada um. Mas, de modo geral, todas prejudicam nossa saúde mental e física. Vou comentar alguns aspectos: atitudes agressivas, problemas de saúde, envolvimento com o tráfico, perda de trabalho, roubos, assassinatos e uma série de problemas que estão prejudicando os seres humanos. A realidade é que a grande maioria não consegue conciliar as drogas ilícitas com uma vida consciente: trabalho, família e amigos.
É praticamente impossível não se prejudicar utilizando essas substâncias. Elas mexem com nossas mentes e, normalmente, mexem com o nosso comportamento. A utilização de drogas tem atingido muitos adolescentes e até crianças, criando um problema pior ainda: eles não formaram o seu caráter e estão sujeitos a agir mediante os pensamentos dos outros. Por isso que os traficantes se utilizam principalmente de crianças e de adolescentes para vender suas drogas e cometer crimes de roubo e assassinatos. A bebida também tem desestruturado muitas famílias. Ela é uma substância lícita, porém, utilizada sem controle, torna-se uma doença. Normalmente, abre as portas para outras drogas: as pessoas começam bebendo e como o álcool desinibe e faz perder o medo, podem experimentar outras substâncias e se viciar. A bebida por si só já vem prejudicando muito a sociedade. Ela é a grande causadora de acidentes de carro, brigas, desistência escolar, entre outros problemas. Os efeitos dela causam euforia, descontração, sensação de calor, irritação, sonolência, mudança brusca de reações, perda do medo, bondade, agressividade, alegria, ânsia, vômito, tristeza, choro, depressão, etc. Na realidade, ela mexe com o lado emocional, desencadeando emoções variadas, provenientes da quantidade e do estado psicológico de cada um. Muitas pessoas acabam se desentendendo, pois a bebida causa euforia e pode levar a discussões, falta de controle mental e perda do bom senso. Ela também mexe com partes do cérebro, principalmente o sistema nervoso, causando perda de memória, falta de concentração, falta de motivação, perda de reflexo e prejudica a coordenação motora.
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O pior estágio a que ela pode levar é o estado de coma alcoólico e posteriormente a morte. A principal doença causada pelo álcool é a cirrose hepática e o próprio alcoolismo, mas ela prejudica em vários sentidos, entre eles problema de circulação e neurológicos, podendo causar o derrame e o enfarto.
Hoje em dia, é muito difícil falar principalmente sobre a bebida; ela é vista como diversão e isso é até compreensível: as pessoas estão vivendo situações tão difíceis no dia a dia que acabam se utilizando da bebida como válvula de escape para diminuir o grau de estresse. O problema é que nessa brincadeira muitos se viciam. Outra droga lícita que vem acabando com muitas vidas é o cigarro. Ele é produzido com aproximadamente 4.700 substâncias químicas que fazem muito mal à nossa saúde. Seu efeito destrutivo se dá lentamente, causando doenças respiratórias, de circulação, coração, cânceres variados, problemas no sistema nervoso, hemorragias celebrais, impotência sexual, etc. Infelizmente, nós, seres humanos, só nos preocupamos em parar com o cigarro e outras substâncias que nos prejudicam quando sofremos com seus males: precisamos ficar doentes em uma cama de hospital, ou quase isso, para nos preocuparmos em tentar parar ou pelo menos diminuir com nossos vícios. O certo é nem começarmos: “O que os olhos não veem, o coração não sente”. E o mesmo podemos dizer: “O que o corpo não conhece, não sente falta”. O jovem deve se esforçar e não utilizar drogas, de modo geral. O tempo que se perde com elas é enorme e os resultados, na maioria dos casos, são ruins. Precisamos nos fortalecer mental e espiritualmente para levarmos uma vida sem vícios. Podemos e devemos ocupar nosso tempo com momentos produtivos: trabalho, lazer, esportes, espiritualidade, amor, etc. Temos que parar de achar que para sermos felizes precisamos encher a cara, usar drogas e gastar nosso tempo e dinheiro com essas coisas.
Alguns remédios comprados na farmácia também prejudicam e muito seus usuários quando não são receitados por médicos. Eles criam dependência psíquica e física, normalmente ajudando em algum sentido e prejudicando em outros. Ex.: remédio para emagrecer causa irritabilidade, depressão, humor instável, perda de memória, confusão mental, alucinações e uma sensação de estar com TPM o mês inteiro. Remédio para estímulo sexual pode causar dores de cabeça, problema no estômago e até parada respiratória. Os analgésicos também podem colaborar com problemas do coração, causando infarto e problemas de estômago, e aí por diante. Temos que sempre consultar um médico e só usar remédios quando for realmente necessário. “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.” As drogas ilícitas também causam muitos problemas em nossas vidas. Irei comentar um pouco sobre algumas para que possamos conhecer melhor seus efeitos e causas, evitando assim o uso dessas substâncias, e para fortalecer os que usam a largar esses vícios. As drogas em geral são destrutivas e prejudiciais. Elas nos escravizam, causando inúmeros problemas. Temos visto crianças, adolescentes e adultos viverem essas situações e não conseguirem se livrar delas.
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As pessoas acabam se envolvendo com o vício achando que estão se divertindo e, quando vão perceber, estão dependentes dele. A maconha, considerada uma droga leve pelos seus usuários, tem sido utilizada por inúmeras pessoas e normalmente é por meio dela que se inicia a caminhada no consumo de drogas mais fortes. Ela, na maioria dos casos, altera as batidas do coração, aumenta o suor do corpo, dá sonolência, fome, risos em excesso, euforia, sensação de tranquilidade, tremores, perda de memória, distração, preguiça e secura na boca. Seu uso não é visto por alguns médicos como algo tão prejudicial, mas pode causar problemas de depressão, esquizofrenia, problemas de pulmão, garganta, irritabilidade, disfunção motora, entre outros. Em minha opinião, um dos maiores problemas da maconha é que as pessoas normalmente acabam se afastando de seus familiares e dos bons amigos, permitindo ser influenciadas por pessoas que mal conhecem, fora o perigo de começarem a utilizar drogas mais fortes. Também por essa influência ouvem e vivem todo tipo de estímulo negativo. Ex.: não ligar para sua mãe hoje não, amanhã você fala com ela; ficar com aquele traficante, ele tem droga e dinheiro; cabular aula e fumar maconha a tarde toda; roubar aquela garrafa de uísque. Fora as atitudes agressivas que essas pessoas se permitem viver, pois, sendo usuárias de drogas, podem se unir a pessoas maldosas e sair por aí agredindo os outros e cometendo delitos. É bem normal vermos nos noticiários gangues ou grupos de pessoas agredindo os outros; normalmente, são grupos formados por usuários de drogas e bebidas que acabam descontando suas frustrações e agressividade nas pessoas que não podem se defender. Isso é totalmente prejudicial e pode iniciar a vida de vários marginais e delinquentes. Portanto, a maconha acaba se tornando o início de uma caminhada muito perigosa. É extremamente importante que a família esteja atenta nas atividades dos filhos, conversando e auxiliando para dar estrutura e saídas para que eles não permaneçam no mundo das drogas e do crime. Não podemos generalizar, mas isso acontece com frequência nas famílias brasileiras. Volta a frisar: vença o mal com o bem! Não adianta acorrentarmos, jogar as pessoas em clínicas psiquiátricas ou virarmos as costas para elas. O que devemos fazer é dar uma boa educação, amá-las e sermos justos no dia a dia com elas, explicando os perigos e problemas que as drogas e as contravenções causam. Temos que dar estrutura psicológica enquanto ainda são crianças e adolescentes, depois dessa fase fica muito difícil controlá-las. Existem alguns tratamentos para as pessoas com problemas de bebidas e drogas e hoje em dia eles têm alcançado um retorno mais positivo. São tratamentos em que os dependentes não são internados e buscam suas curas de forma consciente: conversando com psicólogos, fazendo terapia ocupacional, participando de Narcóticos e Alcoólicos Anônimos, tomando medicamentos quando realmente há necessidade e procurando resgatar sua autoestima para superar essa fase tão difícil em suas vidas. Muitos psicólogos e psiquiatras falam que também deve ser feito um tratamento psicológico com a família para que ela tenha mais conhecimento sobre os problemas em questão e para que a família resolva as pendências existentes entre seus participantes, pois, em alguns casos, a própria família está doente.
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Em relação às drogas mais fortes, quero dizer que o mundo já tem seus problemas com guerras, assassinatos e catástrofes naturais que destroem vidas, por isso, as pessoas deveriam pensar mil vezes antes de se permitir serem vítimas de suas fraquezas e escolhas erradas, pois os males que essas drogas causam no corpo humano, com o tempo, são devastadores. Muitos adolescentes se utilizam dessas substâncias para tentar controlar outros problemas e acabam tornando-se viciados. Em alguns casos compulsivos e em outros, não, mas a certeza é que essas substâncias destroem a saúde das pessoas, atingindo o cérebro e órgãos vitais como o coração, pulmão, fígado e rins. A ingenuidade dos jovens e adultos em relação a essas drogas é pensar que por meio delas irão resolver problemas comportamentais indesejáveis: ficar mais desinibidos, ter mais coragem, ser mais notados, ou até mesmo conseguir se dar bem induzindo pessoas a usarem-nas, por interesse próprio. Ex.: estou louco para sair com aquela garota, mas tenho vergonha de falar com ela, então, vou tomar um êxtase para ter mais coragem e dar um para ela, para ver se rola sexo. Isso se dá com o êxtase, com a cocaína, a bebida e outras drogas. Agindo assim, esquece-se que o diálogo e a conquista são inerentes ao ser humano: se ele não tem coragem e nem confiança para conquistar uma mulher, algo está errado e não vai ser usando substâncias químicas que irá resolver esse ou outros problemas comportamentais. Resumindo, precisamos resolver nossos problemas de forma consciente, sem a necessidade de nos drogarmos. Outra coisa, o imediatismo só nos prejudica. Na vida aprendemos e melhoramos um pouco a cada dia. Esse é apenas um exemplo, de inúmeros que existem para justificar o uso das drogas. O ruim é que não se resolve o problema e se cria um ainda pior: a dependência química. Vamos conhecer alguns efeitos e causas provenientes dessas drogas. A cocaína é uma droga que é ingerida normalmente por meio das narinas e na forma injetável. Ela atinge o cérebro em questões de segundos, criando sensações variadas: suores, aumento dos batimentos cardíacos, arritmias, dilatação dos olhos, perda do sono e da fome, tremores, sensação de bem-estar e desinibição, euforia, vômitos, diarreia, afeta a respiração, diminuiu a oxigenação no sangue, causa alucinação, sensação de medo, dificuldade de concentração, isolamento das pessoas e sensação de perigo de morte. Essas sensações mudam de uma pessoa para outra, pela situação do organismo, da mente, do tempo de uso e da quantidade ingerida. Normalmente, as pessoas que estão se iniciando nas drogas têm uma tolerância maior, até pelo fato de o organismo ainda não ter sofrido os males que essas substâncias criam, mas, com os desgastes que elas causam, os sintomas e as sensações aumentam e tornam-se um risco constante aos usuários. Isso também não é regra, pois muitas pessoas morrem de overdose quando estão iniciando o consumo: o organismo delas não está acostumado e preparado para lidar com essas substâncias. A cocaína vicia e é muito difícil se livrar dessa droga, seja pela dependência química ou pelo envolvimento de amigos. A tendência dela é que o usuário aumente a frequência de uso e a quantidade, no decorrer do tempo.
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Por fazer com que as pessoas percam o sono, ela faz com que seus usuários não consigam exercer compromissos diários: não dormem direito e ficam debilitados para o trabalho e outras funções cotidianas como escola e outros compromissos. A grande maioria dos usuários que trabalham com horário marcado perde seus empregos com o decorrer do tempo. A saída mais comum para essas pessoas são trabalhos autônomos ou que haja flexibilidade no horário. Tanto com a bebida alcoólica como com a cocaína, o dia seguinte para a maioria das pessoas que as utilizam inclui falta de ânimo, preguiça, dor de cabeça, náuseas, fraqueza, sonolência, mal-estar e boca seca. O organismo necessita repor os desgastes causados pelo uso em excesso dessas substâncias, pela perda de sono e a ausência de água.
A grande maioria das pessoas que utilizam a cocaína, bem como as outras drogas, lícitas ou ilícitas, tem um desejo diário de parar: elas sofrem com seus males, prejuízos financeiros, distúrbios mentais e problemas familiares; poucas conseguem, pois elas se viciam e requer-se um esforço enorme para conseguir essa proeza. Temos visto familiares sofrendo muito quando há um dependente químico em seu meio. Eles praticamente enlouquecem junto com o usuário e com os problemas decorrentes: envolvimento com o tráfico, dívidas, risco de ser assassinado, furtos em sua própria casa, agressões a seus familiares e desaparecimento durante vários dias. Essas são algumas questões com que as famílias dos usuários têm que lidar, fora seus problemas cotidianos. É muito difícil para uma família aceitar, entender e ajudar nessas situações, ela não tem experiência e nem está preparada para isso. O mais correto nesses casos é buscar ajuda profissional, só assim não se corre o risco de cometer atitudes absurdas e prejudiciais: expulsar o usuário de casa, agredi-lo, entre outras coisas. Normalmente, a vida das famílias que passam por problemas com drogas torna-se um inferno, gerando desunião, estresse e, às vezes, chegando ao ponto da separação dos pais. O usuário de drogas deve no mínimo respeitar seus familiares, não transferindo para eles os problemas que vive com as escolhas que tomou. Sabemos que isso é muito difícil, mas não é impossível impor alguns limites a si mesmo; muitas pessoas que usam drogas fazem isso. É uma questão de criação, bom senso, força de vontade e caráter. O certo seria que fizesse tratamento e parasse com o uso das drogas para voltar a viver de forma saudável, mas, se no momento não está disposto a isso, pelo menos deve respeitar seus familiares, a sociedade e a si mesmo.
A seguir algumas doenças que a cocaína pode causar.
Complicações cardiovasculares: problema de infarto, angina, circulação, aumento da pressão arterial e acúmulo de gorduras nas artérias. Complicações neurológicas: crise convulsiva, acidente vascular cerebral, derrame cerebral, dor de cabeça e enxaqueca. Complicações respiratórias: sinusite, rinite crônica, perfuração do septo nasal, úlceras na orofaringe, lesões pulmonares e pneumonia.
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Complicações gastrointestinais: gastrite, úlcera gástrica e perfurações, problemas do pâncreas e baço. Em relação ao crack, podemos dizer que ele é mais agressivo à saúde e mais utilizado pelos usuários, pelo valor ser mais baixo. Ele também causa praticamente todas essas doenças e efeitos, mas de forma mais acelerada. Alguns sintomas e doenças variam de uma substância para outra, mas praticamente todas são geradas nos dois casos. A diferença entre as duas drogas é que uma é feita com a folha da coca e a outra com o que sobra da refinação da cocaína. Outra diferença é que o crack é utilizado por meio da infusão de fumaça, seja por meio do cigarro, de cinza de cigarro ou na maconha.
Também, não podemos deixar de falar das drogas utilizadas principalmente por crianças e adolescentes, que são os solventes, mais conhecidos como cola de sapateiro e outros derivados. Essas crianças e adolescentes acabam se utilizando dessas substâncias pelo valor baixo e pela facilidade em comprá-las. Infelizmente é assim que cuidamos das nossas crianças, vendendo essas substâncias como se fossem guaraná e fingindo que não estamos vendo nada. É muito triste vermos a falta de solidariedade e responsabilidade que tanto a sociedade como os órgãos públicos têm com essas pessoas. Não dá mais para ficarmos virando a cara para essa triste realidade que vemos nas ruas; parece que estamos vendo crianças chupando balas. Os males que essas substâncias causam nessa fase da vida são extremamente destruidores e irreversíveis. Os órgãos governamentais têm que tomar providências e trabalhar para ajudar essa camada da sociedade que está abandonada e esquecida. Se não cuidarem desse problema na fase inicial, gastarão muito mais dinheiro no futuro em construções de hospitais e tratamento médico. Em relação às famílias dos usuários de drogas em geral o importante é esclarecer que devemos ter cuidado no tipo de tratamento que daremos aos nossos familiares, pois, se não for um bom tratamento, de nada vai adiantar. O paciente, para manter o tratamento, tem que acreditar na instituição e nos profissionais que estão lidando com ele. A vida já é breve para anteciparmos seu fim com drogas. Saiba mais pelo site de busca Google. Em sites como esse há informações específicas sobre drogas lícitas e ilícitas. Algumas são sérias, outras não atingem muito a realidade, mas servem como base para avaliação.
Capítulo 4
Violência
Infelizmente esse assunto é necessário para evoluirmos nas condutas de relacionamento entre nós, seres humanos. O bom seria que não precisássemos de outras pessoas para nos mostrar quanto erramos, quando cometemos algum tipo de agressão, mas, infelizmente, muitos ainda agem assim por qualquer motivo que os incomode.
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A violência faz parte do cotidiano da maioria dos brasileiros, seja em casa, na escola, nas ruas e nos estádios de futebol. Parece que ainda vivemos em cavernas e só conseguimos resolver as situações adversas por meio da violência. Praticamente todos os dias deparamos com agressões físicas e verbais que causam vários problemas às pessoas. O ser humano, por não ter tolerância, transforma-se em um animal irracional raivoso, maltratando o seu semelhante e prejudicando muitas famílias. Na realidade, as pessoas que agem assim parecem ser de outro planeta do que da mesma espécie. Elas também vão além, destruindo bens públicos e particulares, gerando tristeza e prejuízos a sociedade. É muito ruim ver uma cidade destruída pelo vandalismo e ignorância dos cidadãos que, pela idade, agressividade, ignorância e falta de bom senso acabam fazendo essas coisas. As pessoas deveriam pensar em agir como se fosse para com elas mesmas: “Será que eu iria gostar se quebrassem o que é meu?”. Vivemos praticamente uma guerra não declarada. Muitos se estranham por qualquer coisa, não respeitando os valores que deveriam ser vividos por todos nós: amizade, solidariedade, união, paz e amor. Essas são as verdadeiras armas que devemos utilizar. Essas, sim, farão com que o mundo seja melhor e as pessoas mais tranquilas e felizes. No entanto, utilizamo-nos de faca, revólveres, pedaços de pau e de ferro causando dor, choro, desunião e perdas. Essas situações fazem com que sejamos desleais com nossas necessidades para evoluir e viver melhor. Será que só nas catástrofes conseguimos ser solidários? Se formos avaliar a que ponto chegamos, iremos nos sentir muito mal, pois temos coragem de espancar nossos filhos, estuprá-los e até matá-los. Por outro lado, os filhos também cometem barbaridades contra os pais e avós que nos deixam perplexos. Que mundo é esse que criamos?
“O homem distante de valores espirituais trabalha contra ele mesmo, inundando sua alma de maldade, infelicidade e dor”. Precisamos rever nossos conceitos e controlar nossos instintos malignos, evitando a nossa destruição e as dos outros. Será que temos tanto rancor e maldade em nossos corações ao ponto de precisarmos viver assim? É tão bom quando encontramos pessoas que têm pensamentos e atitudes boas! Dá para sentir a leveza de suas almas em seus olhos. Elas, como anjos na terra, lutam diariamente para ajudar nos hospitais, nas famílias, nas ruas e em todos os lugares em que podem exercer essa bondade. Isso sim é saber viver! Além de ajudarem estão evoluindo e dando bons exemplos. Existem inúmeras pessoas que se alimentam espiritualmente assim, criando para elas mesmas um mundo melhor e aproveitando realmente a oportunidade que a vida lhes oferece. A violência nas escolas também tem sido constante. Sabemos que na adolescência os jovens têm muitas dificuldades, mas não é por meio da violência que eles irão resolver seus problemas; se fosse assim, os presídios seriam cheios de pessoas resolvidas e felizes. O que acaba acontecendo é que, em vez de resolverem seus problemas, criam outros: inimizade, desestímulo ao estudo, expulsões, prisões, problemas familiares, etc.
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Outro tipo de violência que muitas pessoas sofrem e tem sido um grave problema em nossa sociedade é o bullying. Ele se resume à agressão física e psicológica intencional que as pessoas sofrem, seja na escola, no trabalho ou até mesmo em casa. O bullying se dá por meio de várias formas: com apelidos, humilhações, ameaças, discriminação, intimidações, furtos, agressão moral e física e todo tipo de humilhação, gozação, isolamento intencional e atitudes que afetam as pessoas e potencializam seus defeitos. Não podemos e nem temos o direito de utilizar apelidos, brincadeiras de mau gosto, formas de discriminação, entre outras coisas, para agredirmos mental e fisicamente as pessoas. O ser humano já tem seus problemas pessoais e quando sofre com esse tipo de agressão acaba praticamente adoecendo e se sentindo totalmente massacrado. No Brasil, como em muitos outros países, o bullying é crime e quem comete esse tipo de delito pode ser processado e condenado a cumprir prisão ou trabalhos comunitários. Esse tipo de crime pode se enquadrar em diversos artigos da lei: lesão corporal, calúnia, difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaças e outros. A violência física já é ruim, imagine sofrer violência psicológica todos os dias? Um dos fatores que desencadeia a violência física é o bullying; as pessoas ficam se controlando durante muito tempo e quando perdem a paciência acabam agredindo seus agressores. Precisamos parar de arrumar problemas para os outros para esquecermos os nossos. Normalmente, a forma de bullying nas escolas se dá quando os jovens se organizam em grupos e, por serem imaturos, inseguros e maldosos, acabam, para se sentirem notados e respeitados, arrumando suas vítimas e criando esse tipo de constrangimento. Outro fator importante é que muitas pessoas frustradas descontam nos outros suas mágoas, insatisfações e desequilíbrios. Infelizmente, as pessoas não se cuidam e nem resolvem seus problemas e preferem esquecer seus compromissos consigo mesmas, arrumando problemas para os outros. Quem age assim deve reavaliar a forma que lida com a vida, pois certamente terá muito mais conflitos do que as pessoas que está perturbando. Volto a afirmar: a vida já é difícil para ficarmos arrumando mais problemas para nós mesmos e para os outros. As depressões e fobias, entre outros problemas psicológicos, podem ser desencadeadas nas pessoas que sofrem e cometem o bullying. Hoje é uma “ brincadeira”, amanhã pode se transformar em uma doença... Pense nisso! As pessoas que sofrem com o bullying devem procurar a ajuda de professores, pais e até mesmo policiais para resolver o problema. Na vida também precisamos saber lidar com os momentos agradáveis e desagradáveis, pois eles fazem parte do dia a dia. Não podemos deixar de falar que certas brincadeiras são normais e fazem parte do nosso cotidiano.
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Em relação aos casais, temos que entender que não somos donos das pessoas, sendo assim, não podemos exigir “amor eterno”. Ninguém é obrigado a ficar ao nosso lado para sempre. As pessoas não têm o direito de submeter outras pessoas a seus planos, exigindo que vivam e façam o que elas querem: somos seres livres, com o direito a escolhas. Não temos o direito de bater, ameaçar, matar ou usar de qualquer tipo de agressão para que alguém goste da gente. Todos os dias, a vida nos oferece novas oportunidades e, muitas vezes, melhores do que estávamos vivendo. Temos que saber lidar com a perda, pois ela faz parte de nossas vidas. É por meio dela, da perda, que novas oportunidades surgem, que poderemos alcançar sonhos melhores e maiores. Outra coisa, não adianta termos uma relação na qual todos os dias nossos filhos são oprimidos com brigas e discussões: isso é prejudicial a todos. (Comento mais sobre esse assunto no livro Coisas do Amor)
Para terminar esse assunto relacionado à violência, irei escrever sobre as torcidas uniformizadas. A violência nos estádios tem superado praticamente todo tipo de agressão. Ela se manifesta, normalmente, por meio de várias pessoas que gostam e torcem para um time de futebol ou qualquer outro grupo relacionado a atividades esportivas. As pessoas saem de suas casas, concentram-se em lugares estipulados ou vão direto aos estádios. Elas se organizam, principalmente para jogos entre grandes rivais ou finais de campeonatos, já preparadas para a guerra. São jovens e adultos, muitas vezes nem tão agressivos no dia a dia, mas quando se reúnem motivados por um jogo ficam cegos, cheios de maldade e agressividade. Sabemos que a adrenalina sobe em questões de disputas, mas não se justifica a violência cometida entre pessoas que saíram para se divertir. Principalmente os jovens têm que entender que esporte é saúde, lazer e união. Quando os jogadores estão no campo isso significa saúde; quando saímos para passear, lazer; e quando as pessoas se acumulam no mesmo local, união. Esse deveria ser o pensamento quando saímos para assistir a qualquer atividade esportiva. Será que para nos divertirmos ou assistirmos a um jogo de futebol precisamos nos agredir? Que falta de bom senso e consideração pelas pessoas é essa? Estamos cansados de saber que esportistas ganham fortunas e, enquanto isso, ficamos nos destruindo! Será que vale a pena? O engraçado é que conhecemos pessoas de que gostamos e que torcem para outros times e não saímos batendo nelas; na escola, no trabalho, com os verdadeiros amigos e familiares somos um tipo de pessoa; no dia de jogo, transformamo-nos em monstros. Por que isso? Que fraqueza mental e espiritual é essa que nos desequilibra, fazendo com que cheguemos ao ponto de chutarmos a cabeça de um ser humano? Precisamos parar de alimentar o mal dentro de nós, só assim iremos evitar arrumarmos problemas sérios para os outros e principalmente para nós. São tantas crianças que morrem no parto, pessoas paraplégicas, doentes nos hospitais, pessoas sofrendo de várias formas. Será que isso não é o bastante? As pessoas precisam saber que o que se planta se colhe. Como filhos de Deus, temos muito tempo e formas de ser cobrados pelas nossas injustiças. E isso não é uma questão de religião, mas de justiça.
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As autoridades devem agir com rigor nessas ocorrências; só por meio de duras penas é que essa realidade vai mudar. As federações esportivas também devem punir duramente os clubes, quando agressões acontecerem, só assim, evitarão a incoerência dos torcedores. Também precisamos parar de aceitar provocações nas escolas, bailes, festas e em todos os lugares onde as pessoas têm esse tipo de comportamento.
Algumas formas de evitar a violência:
Não paquerar a mulher do outro. Não aceitar provocações, principalmente de pessoas alcoolizadas. Evitar lugares perigosos. Saber pedir desculpas. Evitar discussões. Sair para se divertir junto com outras pessoas e não usar dessa situação para agredir os outros. Evitar andar com pessoas violentas. Controlar nossos impulsos violentos. Aprender a ser solidário. Não fazer aos outros o que não gostaríamos que fizessem com a gente.
Não podemos mais aceitar viver assim, vamos nos unir para juntos evitarmos tanta ignorância, estupidez e agressividade.
Capítulo 5
Sexualidade
A sexualidade é algo que praticamente todos vivenciamos em nossas vidas. Ela é o que perpetua a raça humana e proporciona felicidade nos namoros e na vida conjugal. Com ela concretizamos o sonho de termos filhos e mantermos uma relação agradável em nossas vidas amorosas.
Acho importante frisar que não é saudável banalizar nossas relações sexuais e, em determinada idade, esperar ter maturidade para vivenciar essas situações. Temos visto nos dias de hoje crianças e adolescentes de 11, 12 e 13 anos já envolvidos em relações sexuais sem o mínimo de preparo e consciência nesse sentido. Sabemos que o namorico é algo inerente em nossas vidas, mas, tudo tem seu tempo. Para não nos machucarmos emocionalmente em relações precoces e mal-estruturadas por falta de conhecimento e estrutura mental, devemos lidar com esses namoricos de forma suave e tranquila, valorizando mais a companhia e a amizade do que a ilusão de que estamos preparados para viver um compromisso, nesse sentido, nessa idade.
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A vida é cheia de momentos bons para vivermos. Para mim, até os 14, 15 anos devemos nos dedicar às coisas relacionadas a essa idade: amizade dos pais, esportes, estudo, bate-papos saudáveis, passeios, etc. Não nos esqueçamos de que a escolha de um(a) companheiro(a) é um compromisso que assumimos e nessa idade ainda somos muito novos para decidir sobre assuntos tão sérios como relações amorosas. Hoje em dia, vemos crianças e adolescentes se envolvendo e cometendo inúmeros erros que podem se transformar em problemas graves: fugas de casa, filhos sem condição de criar, riscos de ter decepções amorosas e ficar revoltados, de cometer suicídio e aí por diante. Os pais têm que estar atentos e dialogar, esclarecendo e confortando seus filhos; em contrapartida, estes devem se conscientizar que tudo tem seu tempo e sua hora.
Na questão de promiscuidade, pais, educadores e amigos confiáveis devem incentivá-los a ser fiéis aos seus sentimentos, evitando atitudes que denigrem seus corpos e incentivam a falta de afeto, gerando em alguns casos a prostituição. Também é importante estarmos atentos às pessoas que vão querer se aproveitar da curiosidade e da falta de maturidade dos jovens para aliciá-los, de uma forma ou de outra, nos assuntos relacionados a sexo. Não devem se sujeitar às más intenções, abusos, ameaças e ações de quem quer que seja, parente ou não... Se uma criança, ou adolescente, estiver sendo molestada, influenciada ou ameaçada, nessas ou em outras questões cotidianas, deve procurar apoio dos pais, da escola e de amigos. Não se deve ter medo de falar e pedir ajuda, pois isso evitará problemas sérios para o jovem no agora e na sua vida adulta. Outra coisa: molestar crianças e adolescentes incentivando ao sexo é crime com prisão de 12 anos, podendo chegar a 28 anos. Então, seja um parente, um conhecido ou um estranho, quem deve se preocupar são eles e não os jovens.
Na realidade, vocês, jovens, devem ter calma e esperar por um momento bom para iniciar suas vidas sexuais, pois, além de se valorizarem, estarão com maturidade para fazer uma boa escolha.
Também é importante crianças e adolescentes se vestirem de forma natural, não tão chamativa... Lembremos que a melhor forma de conquistar pessoas esclarecidas e com bom senso é por meio de conhecimento, boas atitudes e respeito. As pessoas que têm somente interesse pelo seu corpo provavelmente não irão lhe dar o valor merecido. Procurem se respeitar e agir de forma que não se tornem promíscuos. Vocês não precisam e não devem, principalmente nessa idade, chamar a atenção pela seminudez e com danças vulgares. Sabemos que a TV e o mundo incentivam a isso, mas, tudo tem seu tempo e a sensualidade é algo que vai além de danças eróticas e roupas extravagantes.
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Saibam lidar com sua mente e seu comportamento para trilhar uma caminhada segura e equilibrada, evitando problemas de comportamento e psicológicos. A melhor forma de chamarmos a atenção e conquistarmos alguém com cabeça boa é por nossas convicções e virtudes. A sensualidade é muito diferente da vulgaridade. Fica aí o recado.
Em relação à homossexualidade, respeito as escolhas de cada um, mas, para mim, se Deus quis que viéssemos em corpos de homens ou de mulheres, algum motivo há... Entendo isso como forma de evoluirmos em algumas questões pessoais, porém, as escolhas são de cada um e Deus é tão bom que valoriza o amor e a melhor forma de você se sentir bem e evoluir.
Em relação ao sexo, o jovem deve saber lidar com isso de forma saudável e tranquila, pois, na realidade, o prazer e a satisfação sexual devem acompanhar o respeito e a opinião da outra pessoa. Não podemos forçar e nem exigir sermos amparados em nossos desejos sexuais. Também acho importante nos mantermos conscientes em relação a isso, pois vai depender de como lidamos com as pessoas na questão de relacionamentos amorosos e sexuais para evitarmos problemas desagradáveis nesse sentido.
A ejaculação precoce e o medo de não termos ereção no ato sexual normalmente são estímulos mentais e podem ser resolvidos. É preciso, nesses momentos, para quem tem ejaculação precoce, tentar amenizar um pouco a emoção e, para isso, pode-se utilizar do desvio de pensamentos e técnicas eficazes. Na questão da impotência, devemos verificar com quem e por que estamos tendo essa relação sexual. Muitos falham, nesses momentos, por estarem ali sem uma emoção real e prazerosa, mas, isso não deve ser motivo de frustração e sim de autoavaliação para melhorar a forma de como lidar com sua vida sexual.
Em relação às meninas que querem ter sua primeira relação sexual, elas devem estar seguras disso e, de preferência, saber escolher com quem, pois em muitos casos os homens não se importam em deixá-las depois desse momento. Também é importante dizer que o orgasmo da mulher é o êxtase do momento sexual e que para alcançá-lo é necessário lidar bem com suas escolhas e emoções amorosas, mas o que prevalece em uma relação verdadeira é o companheirismo, o amor e a evolução de ambos. A vida a dois pode e deve ser bem administrada. Sabemos que na fase da adolescência muitos não estão preocupados com relacionamentos sérios e que o momento sexual é algo bem legal em nossas vidas, mas, nem por isso podemos tratar as pessoas como objetos: o carinho, a ajuda e o diálogo devem sempre ser os pontos de referência para qualquer tipo de relação.
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A grande realidade é que vivemos a vida toda nos preocupando com sexualidade, beleza, vaidade, dinheiro e esquecemo-nos de fortalecer nossas mentes e almas com bom senso, justiça, bondade e coisas que nos equilibram e nos sustentam nas questões emocionais. Nossa felicidade está em vivermos bem e controlarmos nossos pensamentos e ações, evitando problemas em vários sentidos de nossas vidas. A sexualidade bem vivida, na época certa, é algo importante em nossos relacionamentos e nos ajuda bastante a sermos felizes, mas, lembremo-nos de que um relacionamento estruturado não sobrevive saudavelmente se somente o sexo o sustentar. Também é importante dizer que não há a necessidade de vivermos preocupados avaliando nossos corpos e beleza: se temos bunda grande, pênis pequeno, seios desse ou daquele jeito, se temos olhos dessa ou daquela cor, se somos claros ou morenos e aí por diante... Na realidade, sempre haverá pessoas que vão gostar da gente do jeito que somos e o que nos possibilita sermos felizes na vida e em nossos relacionamentos é a confiança, a perseverança, o diálogo, o carinho e o amor. Para quem tem interesse sobre esses assuntos, escrevi outro livro, que se chama Coisas do amor, no qual transmito de uma forma consciente conhecimentos e informações importantes para lidarmos melhor com nós mesmos e com nossos relacionamentos humanos e amorosos.
Resumindo e finalizando sobre esse assunto, o que posso dizer é que vocês, crianças e adolescentes, devem aproveitar essa fase de suas vidas com mais amizades, brincadeiras, esportes e simplicidade.
Capítulo 6
Sonhos e profissões que podemos alcançar
Nós, seres humanos, dispomos de uma capacidade imensa para alcançarmos e realizarmos verdadeiros milagres. Todos nascemos com inúmeras habilidades que, bem exercidas, com certeza nos levarão à satisfação pessoal e profissional. Muitas vezes, por preguiça, insegurança e medo deixamos de crescer em vários sentidos na vida. As pessoas devem saber que para conquistar uma bicicleta, uma moto, um carro ou dinheiro requer-se planejamento, trabalho e dedicação. Ninguém que tenha nascido em uma família humilde e não tenha usado de meios ilícitos para conquistar seus bens materiais conseguiu ter algum material sem esforço.
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Se formos analisar, somos seres, na grande maioria perfeitos: temos olhos para enxergar, orelhas para ouvir, pés para andar, nariz para respirar, boca para falar e, principalmente, cérebro para utilizá-lo em favor de nossas necessidades e realizações. ( Em relação as pessoas especiais, comento posteriormente) As habilidades que possuímos são imensas: descobrimos o fogo, o petróleo, o gás, o ouro e outros minérios da terra; criamos casas, carros, barcos, aviões, máquinas, remédios; fazemos verdadeiras obras de arte: músicas, livros, pinturas; criamos monumentos espetaculares: pirâmides, castelos, a Muralha da China, Coliseu na Itália, Cristo Redentor, entre outras maravilhas. Enfim, somos verdadeiros filhos de Deus, com possibilidades infinitas. Temos que procurar descobrir em nós mesmos quais as tendências que temos e colocar em prática as mais viáveis. Não podemos e não devemos ficar esperando que o mundo e as pessoas façam nossas escolhas e paguem nossas contas. Também sabemos que a família, em determinados assuntos e situações, deve apoiar seus filhos incentivando-os financeiramente. O estudo sempre foi e vai ser a principal forma de realizarmos nossos sonhos. Seja uma empregada doméstica, uma cozinheira, um pintor, um marceneiro, um empresário, um desenhista, um comediante, um ator, professor, médico ou qualquer outra profissão, as pessoas sempre terão que se aperfeiçoar e estudar para oferecer o melhor e receber por essa qualificação. É assim que a grande maioria paga suas contas e vive e também é assim que muitos ficaram ricos. Temos que acreditar que somos capazes e sempre usarmos a referência de vitoriosos para nos realizarmos profissionalmente. A verdadeira derrota se dá quando, mesmo antes de começarmos a realizar algum projeto de vida, já nos sentimos inferiores e desistimos; fora isso estamos sempre buscando e lutando por uma vida melhor. Muitos vitoriosos começaram varrendo a empresa em que trabalhavam e, hoje em dia, são gerentes de bancos, presidentes de multinacionais e donos de suas próprias empresas; eles persistiram, não fizeram corpo mole nas dificuldades que tiveram e estudaram para alcançar suas metas. Sabemos que há inúmeras profissões e que às vezes torna-se difícil escolher qual vamos seguir, mas o que não podemos fazer é ficar parados no tempo, pois mesmo que nos dediquemos a algo que posteriormente não vamos exercer, com certeza isso não será em vão. Tudo que fazemos, mais cedo ou mais tarde, acabamos utilizando, mesmo que não seja no campo profissional. Outra coisa, se trabalharmos em uma empresa e depois mudarmos de ramo, com certeza receberemos pelo tempo que ficamos trabalhando lá, então, não temos que nos preocupar com o que estamos fazendo, mas com o que ainda teremos que fazer.
As escolhas na vida são assim mesmo, vamos nos conhecendo e direcionando nossas vidas nos caminhos que preferirmos.
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Também sabemos que o brasileiro muitas vezes fica preso ao mesmo trabalho, ganhando pouco, por necessidade financeira e não por escolha. Mas, se formos analisar, as pessoas mesmo se colocam nessa situação quando deixam de agir com a mente projetada para sua melhoria profissional: não se especializam com cursos gratuitos que existem em algumas regiões, não se propõe aprender nada além que possa ser importante para o seu crescimento dentro da empresa, não procuram empregos melhores e, de certa forma, escondem-se para que ninguém as veja – com certeza, agindo assim não irão crescer na empresa e nem na vida. O ser humano que normalmente se destaca por onde passa é o arrojado, o que persiste, o que quer crescer, o que faz por merecer. Esse acaba sendo promovido e valorizado, pois as empresas precisam de pessoas dinâmicas e que se doam de corpo e alma para que juntos possam “crescer”. Hoje em dia o trabalhador tem que ser produtivo, prestativo, sociável, competente, comunicativo, manter uma boa aparência e ter habilidades necessárias à profissão que assumiu. As empresas e as pessoas evoluíram muito e não aceitam um funcionário que seja apenas mais um. Também existem muitas pessoas com empregos informais, ou seja, não são funcionários de empresas, mas trabalham para sustentar suas famílias. Essa é uma forma de driblar a falta de empregos. Essas pessoas são vendedores ambulantes, prestadores de serviços e trabalhadores em geral, sem registro em carteira. Outra forma de garantirmos um futuro seguro financeiramente é prestando concursos públicos; todos os meses teremos nossa renda, minimizando as inseguranças das empresas e dos trabalhos temporários. Para sermos concursados ou ter um bom emprego, temos que estudar. Também é importante dizer aos alunos que a fase mais difícil em relação à escola é antes da faculdade, pois temos que estudar matérias de que às vezes não gostamos; posteriormente, poderemos escolher e direcionar o estudo no sentido da profissão que queremos exercer. A faculdade é muito diferente de escolas de ensino fundamental e médio, pois temos muito mais liberdade, fazemos amigos legais, participamos de festas, viagens, etc. Também, quatro a cinco anos passam tão rápidos que a hora que formos ver já estaremos formados. Existem inúmeros cursos superiores e irei citá-los.
Os cursos se resumem em Humanas, Biológicas e Exatas.
Ciências Humanas - Cursos superiores
Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Arquitetura e Urbanismo, Administração Pública, Artes Cênicas, Artes Plásticas, Dança, Arquivologia, Design, Ciências Econômicas, Audiovisual, Direito, Ciências Sociais, Biblioteconomia, Editoração, Desenho Industrial, Geografia, Educação Musical, Filosofia, Gestão de Políticas Públicas, Educação Artística, Lazer e Turismo, Gestão Ambiental, Imagem e Som, História, Psicologia, Radialismo, Marketing, Letras, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Música, Linguística, Pedagogia, Relações Internacionais, Relações Públicas, Serviço Social, Turismo...
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José Walter Canôas
No século XX, a área de Humanidades sobreviveu a, por exemplo, duas grandes guerras mundiais e outras tantas catástrofes econômicas, políticas e sociais. Agora, já vividos vinte anos do século XXI, tem encontrado imensas dificuldades para entender como sair do século que formalmente acabou, mas que teima em continuar por causa das permanências históricas, cujas formas desafiantes permanecem a nos perseguir como realidades concretas. As Humanidades têm sempre a pretensão, a curiosidade e o alcance de analisar explicativamente e transformar concretamente a vida, com uma referência histórica para os seres humanos, construtores de sua trajetória em um processo contínuo, instigante e real.
Com as Humanidades é possível investigar e desvendar a realidade do mundo que se refere ao homem, pois transformar a natureza, a sociedade e a si é a sina da construção humana.
Ciências Biológicas
Cursos:
Ciências Biológicas, Ciência Biomédicas, Ecologia, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Florestal, Farmácia-Bioquímica, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Terapia Ocupacional, Zootecnia...
Maria de Lourdes M. V. Paulino
A área Biológica, como o próprio nome diz, compreende todos os cursos que são relacionados com a Biologia. E é na definição dessa palavra que podemos buscar o entendimento da área. “Biologia”, uma palavra derivada do grego, significa estudo da vida. Vida no seu sentido mais amplo, compreendendo todos os seres vivos que habitam a biosfera.
Portanto, nessa área estudam-se os processos de adaptação e evolução dos organismos vivos, seu crescimento, nutrição e produção, assim como a prevenção e o tratamento de doenças, além da relação das espécies com o meio ambiente e a conservação dos recursos naturais.
Ciências Exatas
Cursos:
Engenharia: Ambiental, Civil, Alimentos, Computação, Controle e Automação,
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Materiais, Produção, Elétrica, Industrial, Mecânica... Outros cursos: Estatística, Física, Física Biológica, Física Médica, Geologia, Matemática, Química, Química Ambiental, Sistemas de Informação...
José Luz Silveira
As Ciências Exatas são ciências que têm como princípio básico a Matemática. A palavra ciência se origina de “scientia” (do latim), que significa conhecimento e inspira poder. Na verdade é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas por meio do método científico.
O conhecimento científico depende muito da lógica. Pode-se afirmar que as Ciências Exatas estão ligadas à investigação racional ou ao estudo da natureza direcionado à descoberta da verdade. Essa investigação é normalmente metódica ou de acordo com o método científico – um processo de avaliar o conhecimento empírico. Refere-se ainda ao corpo organizado de conhecimentos adquiridos por tal pesquisa.
As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões: pura (o desenvolvimento de teorias) versus aplicada (a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou natural (o estudo do mundo natural) versus social (o estudo do comportamento humano e da sociedade).
Após conhecermos alguns cursos acadêmicos, sabendo que sempre estão surgindo novos cursos e profissões, ‘’’volto às minhas considerações.
Em todas as áreas, seja em Humanas, Biológicas ou Exatas, existem inúmeros cursos que podem agradar os estudantes. O que recomendo, é que façam uma busca no site Google, pesquisando as faculdades das cidades em que pretendem estudar para saber quais cursos existem. Também para quem tem condições de escolher a faculdade, visando o curso que quer fazer é bem recomendável. Em relação às pessoas especiais, o que sugiro é que sigam confiantes utilizando seus recursos, suas habilidades aguçadas e forças interiores para alcançar suas metas e sonhos. Leitores, termino este livro dizendo que hoje em dia é muito importante nos especializarmos como profissionais competentes, pois o mercado de trabalho está exigente e até para arrumarmos empregos sem curso universitário há uma concorrência grande, então, busquem ao máximo descobrir suas tendências profissionais, fazer cursos profissionalizantes e faculdade, só assim, alcançarão um futuro melhor.
Boa sorte a todos!
Luís Fernando Furquim Ribeiro
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